A diarreia frequente é uma condição caracterizada por evacuações frequentes e soltas, muitas vezes acompanhadas de desconforto abdominal e urgência para ir ao banheiro. Por isso é importante você saber se o tipo de diarreia é aguda, persistente ou crônica.

Logo, as diferenças são:

• A diarreia aguda acontece por menos de 14 dias e normalmente tem característica viral;
• a persistente vai durar entre 14 e 28 dias; e
• A crônica acima de 28 dias. As causas são diversas, sendo importante descobri-la para orientar o tratamento.

Para uma avaliação completa, é crucial examinar o funcionamento do pâncreas (para detectar insuficiência pancreática), do fígado e da tireoide, bem como os níveis de vitaminas/minerais, a presença de intolerância histamínica e a possibilidade de doença celíaca. No caso de suspeita de doença celíaca, mesmo que não se consuma glúten regularmente, é recomendado o consumo de 3g de glúten diariamente por um período mínimo de 6 semanas para obter resultados precisos nos testes. Se os resultados forem negativos para doença celíaca, é necessário considerar a possibilidade de sensibilidade ao glúten não celíaca.

Existe ainda a diarreia funcional que acontece diariamente e sem motivo, que deve ser tratada com medicação de uso contínuo.

A diarreia crônica muitas vezes está associada a casos mais graves, e com auxílio do médico é preciso investigar doenças inflamatórias intestinais e câncer colorretal.

O tratamento irá mudar de acordo com a causa da diarreia, conforme exemplos a seguir:

• Diarreia por síndrome do intestino irritável ou funcional: deve ser tratada com dieta baixa em FODMAPs, baixo teor de histamina.
• Diarreia por SIBO (Super crescimento bacteriano no intestino delgado): Primeiramente o médico prescreve antibióticos e o tratamento nutricional inicialmente é com dieta Low FODMAPs.
• Diarreia por intolerância a lactose: Dieta com baixa ou zero lactose, a depender da tolerância de cada paciente, podendo ser utilizada a enzima lactase.
• Diarreia por bile ácida: Tratamento médico com medicamentos sequestrantes de ácidos biliares e tratamento nutricional com dieta de baixa em gorduras e alta em fibras solúveis.
• Diarreia por deficiência de enzimas sacarases e isomases: dieta baixa em sacarose e amido.
• Diarreia por doença celíaca: Exclusão de alimentos que contenham glúten.

Conclusão

Ao lidar com a diarreia frequente, é fundamental adotar uma abordagem holística que envolva não apenas o tratamento dos sintomas, mas também a identificação e o tratamento das causas subjacentes.

Como nutricionista, enfatizo a importância de uma dieta equilibrada e adaptada às necessidades individuais de cada paciente. Isso inclui evitar alimentos que possam irritar o trato gastrointestinal, como alimentos picantes, gordurosos e ricos em fibras insolúveis durante os episódios de diarreia aguda.

Além disso, incentivo o consumo de alimentos ricos em fibras solúveis, como aveia, banana e maçã, que podem ajudar a regular o trânsito intestinal.

Manter-se bem hidratado também é essencial para prevenir a desidratação, especialmente durante episódios de diarreia. Já deu para ver que a diarreia crônica não deve ser ignorada!

Logo a ajuda médica e nutricional para investigar o seu caso e traçar um plano alimentar adequado é essencial! 😉

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